Publicado por: Tutora Ana Paula | 19/10/2012

Falando em Ensino Superior…Notícias!

Ministro da Educação
Brasil avança pouco entre gerações no ensino superior
Notícia   disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br   às 09:43 hs.
11/09/2012 – RIO – Mesmo tendo aumentado o gasto com Educação,   o Brasil ainda não conseguiu fazer com que muitos jovens cheguem às   universidades e concluam o ensino superior. Relatório da Organização para a   Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com dados de 2010, aponta que,   no país, 9% das pessoas entre 55 e 64 anos concluíram essa etapa. Na faixa   etária dos 25 aos 34 anos, o percentual não passa dos 12%. Um avanço, segundo   especialistas, pequeno entre uma geração e outra.A Coreia do Sul, por   exemplo, que tinha 13% da população entre 55 e 64 anos com ensino superior,   deu um salto: 65% entre 24 e 35 anos concluíram um curso universitário. No   estudo, a organização reuniu dados dos países desenvolvidos e ainda de alguns   que fazem parte do G20, caso do Brasil. Ao todo, foram 42.

— O número mostra o fracasso do ensino superior do país. Por aqui, ir para a   universidade é parte do posicionamento para melhorar a carreira. Com o Enem e   com as cotas, nós vamos aumentar o número de pessoas que conclui essa etapa.   A expansão da rede federal e do Prouni também vai contribuir — diz Daniel   Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação,   lembrando que é preciso que haja Educação de qualidade: — Não é só aumentar a   oferta de vagas. O desafio é criar políticas para que quem ingresse possa   concluir o curso.

Ministro da Educação, Aloizio Mercadante diz que o relatório da OCDE ainda   não reflete as mudanças pelas quais o país vem passando. Segundo ele, na   faixa dos 18 aos 24 anos, 17% estão nas universidades ou já concluíram os   cursos. Além disso, em uma década, entre 2000 e 2010, o número de matrículas   cresceu: foram de 2,7 milhões para 6,4 milhões.

— Tivemos duas décadas de estagnação econômica, quando não houve expansão da   rede. Agora, o número cresce porque tivemos três programas para expandir o   ensino superior: o Prouni, o Fies e o Reuni. Estamos revertendo esse quadro   histórico e a nova geração está tendo mais oportunidades — diz Mercadante.

Segundo o relatório, entre os 42 países, o Brasil ocupa a segunda posição   quando o assunto é o aumento do percentual do PIB gasto com Educação: saltou   de 3,5 % para 5,5%, entre 2000 e 2009. No entanto, ainda está longe da   Islândia, que aplica 8,1%, e da média da OCDE, 6,2%.

— Cálculos já mostraram a necessidade de 10% do PIB. Países que tinham uma   dívida histórica com a Educação, assim como nós, conseguiram avançar   aplicando 10% ou mais. A Coreia chegou a 12%, o Japão numa época gastou 60%   do Orçamento em Educação — diz Daniel Cara.

Diretora-executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz alerta que só mais   dinheiro não fará a mudança necessária:

— Não adianta colocar 12% ou até 15% do PIB se não houver uma reforma   estrutural, se a formação de professores não for voltada para a prática em   sala de aula, se o país não tiver um currículo mínimo. Só dinheiro não   resolve.

Ainda que o Brasil tenha avançado, o gasto anual por aluno está aquém da   média da OCDE. Na educação infantil, em 2009, eram investidos em média US$   1.696, o menor valor entre as nações (a OCDE registra US$ 6.426). A média não   foi alcançada também nos ensinos fundamental e médio.

— O Brasil fez um esforço aumentando o percentual do PIB na Educação. Mas   ainda é chocante que o país gaste quatro vezes menos que a média da OCDE com   o aluno matriculado na educação infantil — diz Paula Louzano, da Faculdade de   Educação da USP.

De acordo com Mercadante, na educação infantil, já houve um aumento no   investimento por aluno. Em 2002, eram R$ 1.491. Oito anos depois, R$ 2.942.

— Ainda estamos aquém do que é preciso fazer. A diferença também ainda é   significativa na educação básica. Para competirmos com os países mais ricos,   temos que continuar crescendo economicamente e investindo em Educação — diz   Mercadante, lembrando que o Congresso precisa definir de onde virá o recurso   para que o Brasil aplique 10% do PIB na Educação. — O governo queria 8% e   estaria no patamar da Islândia.

Fonte: O Globo on line

Deixe um comentário

Categorias